Políticas públicas para as
mulheres na cidade de São Paulo[1]
Elaborado[2]
por Etelma T. de Souza[3]
Sugestões para a gestão Márcio
França e Antonio Neto – 2021 a 2024
As políticas
públicas voltadas para as mulheres na cidade de São Paulo serão implementadas
de acordo com os seguintes princípios e diretrizes:
ü
Descentralização
político-administrativa;
ü
Universalização
da política de atendimento;
ü
Garantia
de atendimento à diversidade de mulheres, o que significa pensar e definir
políticas para mulheres de diferentes idades, etnias, profissões, culturas;
para mulheres de diferentes situações socioeconômicas; pensar também na
identidade de gênero e orientação sexual e nas mulheres oriundas de povos e
comunidades tradicionais, dentre outras que compõem a sociedade paulistana;
ü
Representatividade
da diversidade em todos os eixos estruturantes do PMPM – Plano Municipal de
Políticas para as Mulheres;
ü
Transversalidade
das políticas de gênero para enfrentar as desigualdades e fomentar cultura de
respeito à diversidade, visando o exercício pleno da cidadania;
ü
Participação
popular e controle social por meio do Conselho Municipal de Políticas para as
Mulheres, Conferência Municipal e Coordenação de Políticas para as Mulheres.
Eixos estruturantes do Plano
Municipal de Políticas para as Mulheres – 2017-2020
Para a implementação de políticas públicas para as
mulheres na cidade de São Paulo, há que se observar documentos oficiais como o
relatório da Conferência Municipal e o Plano Municipal.
Seguem os 6 eixos
estruturantes do PMPM 2017-2020.
1. Participação Política, Poder
Público, Democracia e Transparência;
2. Autonomia Econômica, Trabalho e
Desenvolvimento;
3. Educação, Igualdade de Gênero e
Comunicação Não-sexista;
4. Saúde, Direitos Sexuais e
Reprodutivos;
5. Enfrentamento à Violência;
6. Direito à Cidade e Cidadania
Cultural.
Além desses eixos estruturantes
do PMPM, apresentamos outros para discussão, visando ampliar a atuação da
gestão Márcio França – Antonio Neto à frente da Prefeitura de São Paulo.
ü Saúde integral das mulheres e
adolescentes;
ü Enfrentamento de todas as
formas de violência contra as mulheres;
ü Desenvolvimento sustentável com
igualdade econômica e social;
ü Direito à terra, moradia digna
e infraestrutura social no meio rural e urbano, considerando as comunidades
tradicionais;
ü Enfrentamento ao racismo,
sexismo, lesbofobia e transfobia;
ü Enfrentamento ao abuso e
exploração sexual infanto-juvenil;
ü Igualdade para as mulheres
jovens, idosas e mulheres com deficiência.
Linhas de ação para elaboração
de políticas para a mulheres em São Paulo
1. Criação da Secretaria Municipal
de Políticas para as Mulheres;
2. Elaboração de diagnóstico
municipal da situação das mulheres na cidade de São Paulo;
3. Elaboração do PMPM 2021-2024
(ou Plano Decenal);
4. Implementar as políticas
públicas de acordo com o Plano Municipal de Políticas para as Mulheres de São
Paulo;
5. Ampliar a rede de serviços de
atendimento a mulheres, crianças e adolescentes, vítimas de violência doméstica
e sexual;
6. Criar rede de atendimento
integral à saúde da adolescente, incluindo programa para adolescentes gestantes;
7. Criar programas específicos de
atendimento para crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual e
campanhas de enfrentamento a esse problema;
8. Fortalecer o Conselho Municipal
e a Coordenação de Políticas para as Mulheres, com investimento de recursos
financeiros e humanos; realocar o Conselho e a Coordenadoria para a Secretaria
Municipal de Políticas para as Mulheres, quando esta for criada.
Elaborado por
Etelma T. de Souza, a partir de sua experiência profissional com políticas
públicas e militância em defesa dos direitos das travestis e transexuais.
Elaborar políticas para as travestis
e mulheres transexuais prioritariamente como segue:
9.1 Investimento
em políticas de:
a. Geração de trabalho e renda: políticas de inserção e
permanência no mundo do trabalho; implantar cursos de qualificação e
profissionalização; incentivo fiscal a empresas que empreguem mulheres trans;
capacitação no mercado de trabalho para combater preconceito e trabalhar
aceitação das mulheres trans.
b. Educação: foco no acesso e permanência e
combate ao preconceito e transfobia; investimento em capacitação para todos os
profissionais da Educação a fim de que trabalhem aceitação e entendimento sobre
transexualidade e identidade de gênero, com vistas a acolher travestis e
mulheres trans e cessar o processo de expulsão dessa população da escola; programa
para aumento do número de anos de escolarização das travestis e mulheres trans;
estabelecimento de parcerias com universidades para implantação de cotas para
população transexual e travestis.
c. Saúde: estruturação da rede de
serviços e atendimento especializado com vistas ao princípio da integralidade
na atenção à saúde das travestis e mulheres trans; humanização no atendimento;
capacitação dos profissionais da saúde para combater o preconceito e
transfobia; criar programa de atendimento psicossocial e orientações a
adolescentes trans visando garantir acolhida, acompanhamento técnico e
encaminhamento para a rede de serviços na área da saúde, a fim de propiciar
atendimento integral a essas adolescentes.
9.2
Transcidadania:
a. Ampliação do número de vagas;
b. Aumentar o investimento no
atendimento descentralizado em Centros de Cidadania e, em atuação
intersetorial, com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos, promover o
aumento de unidades de Centros de Cidadania LGBTI.
9.3 Saúde das
mulheres Trans e das travestis:
a. Criar ambulatórios descentralizados
de saúde integral para travestis e transexuais.
9.4 Casas de
acolhida e assistência social
a. Criar novas casas de acolhida
para travestis e mulheres transexuais;
b. Em parceria com a Secretaria da
Assistência Social, promover treinamento e capacitação para as equipes dos SEAS
– Serviço Especializado de Abordagem Social às Pessoas em Situação de Rua e
Centros POP, a fim de combater o preconceito, possibilitar abordagem adequada e
encaminhamento da população T – travestis e transexuais para as casas de
acolhida.
[1]
Nota:
Além de São Paulo, elaborei as
propostas/ sugestões para mais dois municípios. Esses municípios receberam o
documento como colaboração voluntária minha para incluírem em seus planos
de governo.
Embora torne esse documento público,
ressalto que NÃO AUTORIZO reprodução para outros municípios, salvo se me
contatarem para vermos a possibilidade de autorização. Qualquer uso sem
minha EXPRESSA AUTORIZAÇÃO resultará em medidas judiciais cabíveis.
É candidata a vereadora na
cidade de São Paulo pelo PDT.
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